A revista Vice atravessa actualmente o seu período de adolescência. O que acaba por ser irrelevante numa publicação que sempre se caracterizou por grandes doses de irreverência e a dose q.b. de controvérsia. Nascida no Canadá em 1996, a Vice espalhou-se pelo mundo, ao mesmo tempo que se manteve gratuita. Portugal tem igualmente a sua delegação, sediada no Porto.
A cultura pop em todas as suas facetas constitui o móbil principal da revista. Mas é o lado underground que se destaca sempre, na música, no cinema, na fotografia e em todas as outras temáticas abordadas. A Vice possui igualmente uma pequena editora discográfica - a Vice Records - que editou, entre outras, gravações dos sempre recomendáveis Black Lips e Death From Above 1979. Um canal próprio de televisão online, de nome VBS.tv, opera desde 2007, funcionando como uma extensão dos assuntos que dominam a publicação escrita e espraiando-se por temas políticos e da actualidade. Como sempre, o estilo é muito próprio e o tipo de jornalismo transcende as normas do género.
Feita de e para um público alternativo, hipster (se é que isso ainda existe...), crítico e esclarecido, a Vice continua a ser uma colorida brisa primaveril no Inverno monocromático da cultura corporativa.