Se dúvidas subsistissem acerca da importância da fugaz existência dos Dzyan, Electric Silence existe para dissipá-las. O terceiro álbum da curta discografia do colectivo alemão, sucessor do mui celebrado Time Machine, é um cheio e colorido exemplo da salada sonora que nutria muitas bandas germânicas dos anos 70.
Psicadelismo de inspiração californiana, space rock, abundância de jazz e afluências étnicas são os ingredientes principais deste composto. Totalmente instrumental, o disco de 1975 dos Dzyan é uma mistura de sensação e razão, um híbrido entre a música livre de amarras e as amarras do virtuosismo.
Back To Where We Come From parece um OVNI que aterra no coração de uma floresta virgem, desbravando a folhagem e a calma selvagem com ondas eléctricas e vibrações jazzísticas. A Day In My Life lembra o título do enorme tema dos Beatles, mas o conteúdo não podia ser mais díspar. Rodopio de cítaras e ritmo extático, traz à baila o costumeiro ideário indo-cósmico, tão querido por algumas bandas deste período e (aqui particularmente) tão bem emulado. A extravagância assenta arraiais em The Road Not Taken. O nome diz tudo. Aqui não há nada a associar a uma estrada, quanto muito um trilho adverso a caminhantes, um atalho musical extremo e inesperado a cada esquina. A tortuosa travessia desemboca em Khali e, com ela, retornam as cítaras e emerge uma espiritualidade exótica, reminiscente dos Popol Vuh.
For Earthly Thinking é a peça mais expansiva de Electric Silence. Ritualística e intrincada, expele ecos de cerimónia budista sob o efeito de alucinogéneos. Arrasta-se por estranhas passagens e culmina num clímax de jazz arreganhado. O tema-título chega no fim, miscelânea psicadélica entregue a devaneios de guitarra e improvisos sincopados. Difícil de ouvir, como tudo o resto neste disco, mas singularmente apelativo. Electric Silence é coisa para nos aproximarmos com cuidado, mas de ouvidos bem abertos...
Back To Where We Come From parece um OVNI que aterra no coração de uma floresta virgem, desbravando a folhagem e a calma selvagem com ondas eléctricas e vibrações jazzísticas. A Day In My Life lembra o título do enorme tema dos Beatles, mas o conteúdo não podia ser mais díspar. Rodopio de cítaras e ritmo extático, traz à baila o costumeiro ideário indo-cósmico, tão querido por algumas bandas deste período e (aqui particularmente) tão bem emulado. A extravagância assenta arraiais em The Road Not Taken. O nome diz tudo. Aqui não há nada a associar a uma estrada, quanto muito um trilho adverso a caminhantes, um atalho musical extremo e inesperado a cada esquina. A tortuosa travessia desemboca em Khali e, com ela, retornam as cítaras e emerge uma espiritualidade exótica, reminiscente dos Popol Vuh.
For Earthly Thinking é a peça mais expansiva de Electric Silence. Ritualística e intrincada, expele ecos de cerimónia budista sob o efeito de alucinogéneos. Arrasta-se por estranhas passagens e culmina num clímax de jazz arreganhado. O tema-título chega no fim, miscelânea psicadélica entregue a devaneios de guitarra e improvisos sincopados. Difícil de ouvir, como tudo o resto neste disco, mas singularmente apelativo. Electric Silence é coisa para nos aproximarmos com cuidado, mas de ouvidos bem abertos...